Após 43 anos, tartaruga comum no litoral de SP deixa lista de espécies ameaçadas de extinção

Escrito em 08/12/2025


Tartaruga-verde deixa lista de espécies ameaçadas A água salgada das praias do Litoral Norte de São Paulo é a casa de uma das espécies de animais que, até este ano, era considerada ameaçada de extinção: a tartaruga-verde. Esse cenário mudou em 2025, após 43 anos, com uma nova avaliação que tirou a espécie do grupo de "perigo" e a colocou em "pouco preocupante". A tartaruga-verde é a que mais aparece no Litoral Norte paulista e, desde 1982, sempre esteve classificada entre as espécies ameaçadas. A nova classificação a deixa com menor risco de extinção. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 Vale do Paraíba e região no WhatsApp Tartaruga-Verde (Chelonia mydas) Nicolas J Pilcher/IUCN/Divulgação A informação foi divulgada pela União Internacional para a Conservação da Natureza, em uma atualização da lista vermelha. Desde 1982, a tartaruga passou por nove avaliações. De acordo com a entidade, a população de tartaruga-verde teve um crescimento global estimado em 28% desde a década de 1970. Ações como proteção de ninhos, controle da pesca acidental e iniciativas comunitárias em países como o Brasil, México e Havaí contribuíram para o aumento da espécie. Mesmo com essa atualização, especialistas alertam que a recuperação ainda é frágil. A caça, o comércio ilegal, o avanço urbano nas áreas costeiras e as mudanças climáticas continuam entre as principais ameaças à sobrevivência da espécie. Segundo explicou o biólogo e coordenador de Pesquisa e Conservação do Projeto Tamar, em Ubatuba (SP), José Henrique Becker. “As ameaças que levaram as tartarugas a serem consideradas ameaçadas de extinção continuam acontecendo, além de outras novas que surgiram, mas a captura acidental na pesca segue sendo uma dificuldade que elas enfrentam, que a gente precisa solucionar, a questão da poluição dos mares, são todos problemas que seguem acontecendo e precisam ser trabalhados”, disse. A tartaruga-verde pode atingir quase 1 metro e meio de comprimento de carapaça, que é a estrutura que reveste o corpo, além de ultrapassar os 200 quilos e viver cerca de 80 anos. Veja mais notícias do Vale do Paraíba e região bragantina