Trecho percorrido pela megacarga entre Campo Altos e Itumbiara foi de 754 quilômetros. Reprodução/Google maps A saga da megacarga pelo Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba chegou ao fim, mas a passagem do comboio deixou marcas nas cidades por onde passou. Um levantamento feito pelo g1 apontou que o transporte levou 28 dias para sair de Campos Altos e chegar em Itumbiara (GO), sendo que o trajeto convencional é feito em cerca de 6 horas. Segundo a estimativa, a megacarga percorreu 754 quilômetros entre as duas cidades, ou seja, 351 quilômetros a mais do que um veículo percorreria no trajeto convencional, que é de 403 quilômetros. Veja a imagem acima. ✅ Clique aqui e siga o perfil do g1 Triângulo no WhatsApp Veículo de passeio levaria 5h56 para percorrer trajeto convencional Reprodução/Google Maps O trajeto pelas regiões teve início em 25 de novembro quando o comboio acessou a BR-262 pelo trevo de Moema e terminou na BR-153 ao sair de Minas Gerais, na segunda-feira (22). A megacarga passou por Patos de Minas, Patrocínio, Uberlândia, Uberaba, Campo Florido, Prata e Monte Alegre de Minas antes de chegar em Goiás. Veja a linha do tempo abaixo. O inspetor da PRF Ronaldo Bastos destacou que a megacarga enfrentou diversos desafios, entre eles o fator tempo, trechos de pistas simples, grande fluxo de veículos e circulação em áreas urbanas. "Foi necessário um planejamento minucioso, com paradas estratégicas, ajustes constantes no cronograma e atuação integrada com as concessionárias das rodovias, sempre buscando reduzir os impactos do trânsito e garantir a segurança de todos os usuários.”, explicou o inspetor. O transporte é realizado pela empresa Cruz de Malta e de acordo com o supervisor operacional da companhia, Marcelo Roque, o trecho percorrido pela carga é definido a partir de estudo de viabilidade geométrica "Isso tudo é estudado. Engenheiros fazem o estudo e enviam um relatório para o Dnit. Também é feito um estudo de viabilidade estrutural para saber se as pontes aguentam o peso da carga, por exemplo", disse. LEIA TAMBÉM: Veja as curiosidade da megacarga de 636 toneladas Seis motoristas, 44 eixos e 300 pneus: os números da megacarga Quatro meses na estrada O transporte iniciado em agosto na Região Metropolitana de Belo Horizonte já dura quatro meses e segue em velocidade média de 20 km/h. A composição de transporte da megacarga impressiona pelas dimensões: 4 carretas 6 motoristas 636 toneladas de peso total (composição + carga) 123 metros de comprimento total Quase 8 metros de largura 44 eixos 296 pneus Todo o trajeto conta com o apoio operacional das concessionárias responsáveis pelos trechos e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com escolta e acompanhamento técnico. Para reduzir os impactos no trânsito, já que o veículo ocupa praticamente toda a pista, a operação realiza pelo menos duas paradas diárias, com duração média de 1h cada, liberando o fluxo de veículos que ficam atrás da carga. Mesmo com a lentidão do transporte, os órgãos oficiais reforçam que os motoristas devem evitar ultrapassagens arriscadas, mediante a multa, e seguir a sinalização temporária e as orientações das equipes locais. As medidas de segurança incluem ainda a suspensão da viagem em condições climáticas adversas, como chuva ou neblina, o que já provocou diversas interrupções e adiamentos. Em Monte Carmelo, por exemplo, a carga ficou estacionada por seis dias no km 514 da BR-365, devido à chuva, o que atrasou a viagem até o Triângulo Mineiro. Segundo o supervisor da operação, Marcelo Getúlio Roque, tudo isso é para garantir a segurança. “Fica um pouco mais lento o trabalho, mas a gente zela pela segurança em primeiro lugar”, afirmou. Comboio da megacarga na BR-050 PRF/Divulgação Peça viaja há quatro meses a 20 km/h O transporte começou no dia 9 de outubro pela BR-381 (Fernão Dias), seguiu pela BR-354 e MG-170 e avançou pela BR-262. Em seguida, desviou a rota pela MGC-354 até Patos de Minas, onde entrou na BR-365 e passou por Uberlândia. Agora, megacarga viaja pelo trecho da BR-050 rumo à BR-262, em Campo Florido. A previsão inicial era que a carga chegasse ao destino antes do Natal. No entanto, imprevistos ao longo do trajeto atrasaram o cronograma, e a nova estimativa é que a peça chegue ao destino apenas em janeiro de 2026. O g1 entrou em contato com a Votorantim Cimentos para atualizar o prazo oficial, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem. VÍDEO: Veja as curiosidade da megacarga de 636 toneladas Veja as curiosidade da megacarga de 636 toneladas que passou por Uberlândia VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas
Megacarga levou 28 dias para percorrer trajeto que levaria 6 horas em rota convencional
Escrito em 24/12/2025
Trecho percorrido pela megacarga entre Campo Altos e Itumbiara foi de 754 quilômetros. Reprodução/Google maps A saga da megacarga pelo Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba chegou ao fim, mas a passagem do comboio deixou marcas nas cidades por onde passou. Um levantamento feito pelo g1 apontou que o transporte levou 28 dias para sair de Campos Altos e chegar em Itumbiara (GO), sendo que o trajeto convencional é feito em cerca de 6 horas. Segundo a estimativa, a megacarga percorreu 754 quilômetros entre as duas cidades, ou seja, 351 quilômetros a mais do que um veículo percorreria no trajeto convencional, que é de 403 quilômetros. Veja a imagem acima. ✅ Clique aqui e siga o perfil do g1 Triângulo no WhatsApp Veículo de passeio levaria 5h56 para percorrer trajeto convencional Reprodução/Google Maps O trajeto pelas regiões teve início em 25 de novembro quando o comboio acessou a BR-262 pelo trevo de Moema e terminou na BR-153 ao sair de Minas Gerais, na segunda-feira (22). A megacarga passou por Patos de Minas, Patrocínio, Uberlândia, Uberaba, Campo Florido, Prata e Monte Alegre de Minas antes de chegar em Goiás. Veja a linha do tempo abaixo. O inspetor da PRF Ronaldo Bastos destacou que a megacarga enfrentou diversos desafios, entre eles o fator tempo, trechos de pistas simples, grande fluxo de veículos e circulação em áreas urbanas. "Foi necessário um planejamento minucioso, com paradas estratégicas, ajustes constantes no cronograma e atuação integrada com as concessionárias das rodovias, sempre buscando reduzir os impactos do trânsito e garantir a segurança de todos os usuários.”, explicou o inspetor. O transporte é realizado pela empresa Cruz de Malta e de acordo com o supervisor operacional da companhia, Marcelo Roque, o trecho percorrido pela carga é definido a partir de estudo de viabilidade geométrica "Isso tudo é estudado. Engenheiros fazem o estudo e enviam um relatório para o Dnit. Também é feito um estudo de viabilidade estrutural para saber se as pontes aguentam o peso da carga, por exemplo", disse. LEIA TAMBÉM: Veja as curiosidade da megacarga de 636 toneladas Seis motoristas, 44 eixos e 300 pneus: os números da megacarga Quatro meses na estrada O transporte iniciado em agosto na Região Metropolitana de Belo Horizonte já dura quatro meses e segue em velocidade média de 20 km/h. A composição de transporte da megacarga impressiona pelas dimensões: 4 carretas 6 motoristas 636 toneladas de peso total (composição + carga) 123 metros de comprimento total Quase 8 metros de largura 44 eixos 296 pneus Todo o trajeto conta com o apoio operacional das concessionárias responsáveis pelos trechos e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), com escolta e acompanhamento técnico. Para reduzir os impactos no trânsito, já que o veículo ocupa praticamente toda a pista, a operação realiza pelo menos duas paradas diárias, com duração média de 1h cada, liberando o fluxo de veículos que ficam atrás da carga. Mesmo com a lentidão do transporte, os órgãos oficiais reforçam que os motoristas devem evitar ultrapassagens arriscadas, mediante a multa, e seguir a sinalização temporária e as orientações das equipes locais. As medidas de segurança incluem ainda a suspensão da viagem em condições climáticas adversas, como chuva ou neblina, o que já provocou diversas interrupções e adiamentos. Em Monte Carmelo, por exemplo, a carga ficou estacionada por seis dias no km 514 da BR-365, devido à chuva, o que atrasou a viagem até o Triângulo Mineiro. Segundo o supervisor da operação, Marcelo Getúlio Roque, tudo isso é para garantir a segurança. “Fica um pouco mais lento o trabalho, mas a gente zela pela segurança em primeiro lugar”, afirmou. Comboio da megacarga na BR-050 PRF/Divulgação Peça viaja há quatro meses a 20 km/h O transporte começou no dia 9 de outubro pela BR-381 (Fernão Dias), seguiu pela BR-354 e MG-170 e avançou pela BR-262. Em seguida, desviou a rota pela MGC-354 até Patos de Minas, onde entrou na BR-365 e passou por Uberlândia. Agora, megacarga viaja pelo trecho da BR-050 rumo à BR-262, em Campo Florido. A previsão inicial era que a carga chegasse ao destino antes do Natal. No entanto, imprevistos ao longo do trajeto atrasaram o cronograma, e a nova estimativa é que a peça chegue ao destino apenas em janeiro de 2026. O g1 entrou em contato com a Votorantim Cimentos para atualizar o prazo oficial, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem. VÍDEO: Veja as curiosidade da megacarga de 636 toneladas Veja as curiosidade da megacarga de 636 toneladas que passou por Uberlândia VÍDEOS: veja tudo sobre o Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste de Minas

