Dólar abre em alta com dados de serviços no radar e discursos do Fed

Escrito em 12/12/2025


Entenda o que faz o preço do dólar subir ou cair O dólar começou a sexta-feira (12) em leve alta, subindo 0,14% às 9h e alcançando R$ 5,4121. Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, abre às 10h. Depois do "respiro" nos mercados provocado pela postura mais cautelosa do Banco Central, os investidores iniciam o dia atentos a dados econômicos locais e declarações de dirigentes nos Estados Unidos. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça ▶️ Após o Copom manter a taxa básica e adotar tom mais conservador, o mercado brasileiro ganhou fôlego na véspera, com dólar em queda e Ibovespa em alta. Agora, as atenções se voltam para o volume de serviços e para os próximos passos da Selic. ▶️ O volume de serviços no Brasil também entra no radar. As estimativas apontam para uma alta modesta em outubro, perto de 0,3% frente a setembro, embora as projeções variem de uma pequena queda a um avanço um pouco mais robusto. ▶️ No exterior, três dirigentes do Federal Reserve falam hoje, em meio a um tom menos restritivo do banco central americano. Patrick Harker fala às 12h, Loretta Mester às 12h30 e Austan Goolsbee às 14h35 (horário de Brasília). ▶️ Em Wall Street, S&P 500 e Dow Jones fecharam ontem em níveis recordes após sinais mais moderados do Fed, enquanto o Nasdaq recuou diante da cautela com empresas de tecnologia após previsões da Oracle. Veja a seguir como esses fatores influenciam o mercado: 💲Dólar a Acumulado da semana: -0,52%; Acumulado do mês: +1,30%; Acumulado do ano: -12,55%. 📈Ibovespa C Acumulado da semana: +1,15%; Acumulado do mês: 0,07%; Acumulado do ano: +32,34%. Agenda econômica Volume de serviços no Brasil O volume de serviços no Brasil avançou 0,3% em outubro de 2025 na comparação com setembro, segundo o IBGE. O dado já considera o ajuste sazonal, mecanismo estatístico que corrige efeitos típicos de cada época do ano. O resultado veio em linha com as projeções dos economistas e mostra que o setor completou nove meses consecutivos de crescimento, acumulando alta de 3,7%. O nível de atividade está 20,1% acima do período pré-pandemia (fevereiro de 2020) e atinge o maior patamar da série histórica. Na comparação com outubro de 2024, sem ajuste sazonal, houve avanço de 2,2%, 19º crescimento consecutivo. No ano, o setor acumula alta de 2,8%, mesma taxa registrada no período de 12 meses, que perdeu força ante o resultado até setembro (3,1%). O crescimento de 0,3% entre setembro e outubro foi registrado nas cinco atividades pesquisadas. O maior impacto veio do setor de transportes, que subiu 1,0% e acumulou 2,4% em três meses. Também houve avanços em informação e comunicação (0,3%), que cresceu em ritmo menor que em setembro (1,2%); outros serviços (0,5%), acumulando 3,4% em quatro meses; além de serviços profissionais e administrativos (0,1%) e serviços prestados às famílias (0,1%), ambos recuperando queda do mês anterior. A média móvel trimestral — indicador que suaviza oscilações mensais — subiu 0,4% no trimestre encerrado em outubro. Quatro dos cinco setores tiveram resultado positivo nesse período, com destaque para outros serviços (1,1%) e transportes (0,8%). Informação e comunicação avançou 0,3%, enquanto serviços prestados às famílias cresceram 0,2%. Já o grupo de serviços profissionais, administrativos e complementares ficou estável. Na comparação anual, o volume de serviços cresceu 2,2% frente a outubro de 2024, com quatro das cinco atividades em alta. Metade dos 166 tipos de serviços pesquisados teve expansão. Bolsas globais Em Wall Street, os mercados encerraram sem direção única, embora os índices Dow Jones e S&P 500 tenham alcançado recordes históricos, impulsionados pela valorização da maioria das ações. Já o Nasdaq, mais concentrado em empresas de tecnologia, registrou queda. Parte dos investidores adotou uma postura cautelosa depois que a Oracle sinalizou aumento nos investimentos em tecnologia de inteligência artificial (IA), o que levantou preocupações sobre custos e rentabilidade. Esse fator reduziu o otimismo gerado pelo Federal Reserve, que indicou uma postura menos “hawkish” — isto é, menos propensa a aumentar os juros — na condução da política monetária. No fechamento, o Dow Jones avançou 1,34%, aos 48.704,01 pontos, e o S&P 500 teve ganhos de 0,21%, aos 6.900,99 pontos. O Nasdaq, por sua vez, recuou 0,26%, aos 23.593,86 pontos. As principais bolsas europeias fecharam em alta nesta quinta-feira, refletindo o otimismo após o corte de juros pelo banco central dos Estados Unidos e os comentários sobre a condução futura da política monetária. No fechamento, o índice STOXX 600 subiu 0,52%, aos 581,17 pontos. O FTSE 100, da Bolsa de Londres, teve alta de 0,49%, aos 9.703,16 pontos, e o DAX, de Frankfurt, avançou 0,68%, aos 24.294,61 pontos. O CAC 40, de Paris, teve ganho de 0,79%, aos 8.085,76 pontos. Na Ásia, as bolsas fecharam em queda nesta quinta-feira após a decisão de juros nos EUA. No cenário doméstico, a atenção do mercado se voltou para a Conferência Central de Trabalho Econômico da China, que define a agenda econômica do país para 2026. Analistas esperam que a maior economia do mundo mantenha uma meta de crescimento de cerca de 5% para o ano que vem. No fechamento, o índice de Xangai teve queda de 0,7%, enquanto o índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 0,86%. Ambos os índices registraram seu terceiro dia consecutivo de perdas. O índice Hang Seng, de Hong Kong, teve perda de 0,04%. No Japão, o Nikkei perdeu 0,90%, a 50.148 pontos. Em outros mercados, o Kospi, na Coreia do Sul, caiu 0,59%, para 4.110 pontos; o Taiex, em Taiwan, recuou 1,32%, a 28.024 pontos; e o Straits Times, em Cingapura, destoou com alta de 0,28%, a 4.524 pontos Cotação do dólar mostra menor confiança na economia brasileira devido a gastos e dívidas do governo Jornal Nacional/ Reprodução *Com informações da agência de notícias Reuters