O presidente do Benin, Patrice Talon, durante viagem a Brasília em maio de 2024 Eraldo Peres/AP Soldados do Benin afirmou, na rede de televisão nacional, ter tomado o poder no país da África Ocidental neste domingo (7). O grupo, que se autodenominou Comitê Militar de Refundação, anunciou a destituição do presidente Patrice Talon e de todas as instituições do Estado. Ainda não está claro se o golpe de Estado foi consumado. Segundo a presidência afirmou à agência de notícias AFP, Talon está seguro e a situação está "sob controle". "Trata-se de um pequeno grupo de pessoas que controla apenas a televisão", disse o gabinete. "O Exército está retomando o controle. A cidade e o país estão totalmente seguros." Talon estava no poder desde 2016 e deixaria o cargo em abril, após a eleição presidencial. Veja os vídeos que estão em alta no g1 "O Exército se compromete solenemente a dar ao povo beninense a esperança de uma verdadeira nova era, onde fraternidade, justiça e trabalho prevaleçam", disse um dos militares ao ler uma declaração. "A Constituição está suspensa. Todas as instituições estão dissolvidas e as atividades de partidos políticos suspensas até novo aviso." O candidato apoiado pelo partido de Talon, o ex-ministro das Finanças Romuald Wadagni, era o favorito para vencer a disputa. O candidato de oposição Renaud Agbodjo foi barrado pela comissão eleitoral sob o argumento de que não tinha patrocinadores suficientes. No mês passado, o Legislativo do país alterou o mandato presidencial de cinco para sete anos, mantendo o limite de dois mandatos. A decisão de Talon de deixar o cargo após dois mandatos é incomum na África Ocidental e Central, onde as normas democráticas estão sob crescente pressão. O golpe é o mais recente de uma série de tomadas militares que vêm abalando a África Ocidental. Na semana passada, militares derrubaram o ex-presidente Umaro Embaló, de Guiné-Bissau, após uma eleição contestada em que ele e o candidato de oposição se declararam vencedores. Foi o nono golpe na região desde 2020.
Benin: militares anunciam tomada de poder às vésperas de eleições
Escrito em 07/12/2025
O presidente do Benin, Patrice Talon, durante viagem a Brasília em maio de 2024 Eraldo Peres/AP Soldados do Benin afirmou, na rede de televisão nacional, ter tomado o poder no país da África Ocidental neste domingo (7). O grupo, que se autodenominou Comitê Militar de Refundação, anunciou a destituição do presidente Patrice Talon e de todas as instituições do Estado. Ainda não está claro se o golpe de Estado foi consumado. Segundo a presidência afirmou à agência de notícias AFP, Talon está seguro e a situação está "sob controle". "Trata-se de um pequeno grupo de pessoas que controla apenas a televisão", disse o gabinete. "O Exército está retomando o controle. A cidade e o país estão totalmente seguros." Talon estava no poder desde 2016 e deixaria o cargo em abril, após a eleição presidencial. Veja os vídeos que estão em alta no g1 "O Exército se compromete solenemente a dar ao povo beninense a esperança de uma verdadeira nova era, onde fraternidade, justiça e trabalho prevaleçam", disse um dos militares ao ler uma declaração. "A Constituição está suspensa. Todas as instituições estão dissolvidas e as atividades de partidos políticos suspensas até novo aviso." O candidato apoiado pelo partido de Talon, o ex-ministro das Finanças Romuald Wadagni, era o favorito para vencer a disputa. O candidato de oposição Renaud Agbodjo foi barrado pela comissão eleitoral sob o argumento de que não tinha patrocinadores suficientes. No mês passado, o Legislativo do país alterou o mandato presidencial de cinco para sete anos, mantendo o limite de dois mandatos. A decisão de Talon de deixar o cargo após dois mandatos é incomum na África Ocidental e Central, onde as normas democráticas estão sob crescente pressão. O golpe é o mais recente de uma série de tomadas militares que vêm abalando a África Ocidental. Na semana passada, militares derrubaram o ex-presidente Umaro Embaló, de Guiné-Bissau, após uma eleição contestada em que ele e o candidato de oposição se declararam vencedores. Foi o nono golpe na região desde 2020.

