PF cita participação de empresário Marco Mott, preso em operação, como 'corretor' na compra de prédio superfaturado em R$ 10 milhões

Escrito em 18/11/2025

Prédio citado em condenação deixou de ostentar placa da Prefeitura de Sorocaba (SP) Wilson Gonçalves Jr./TV TEM O relatório da Polícia Federal que embasou o afastamento do prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) da Prefeitura de Sorocaba (SP) e a prisão de duas pessoas, em 6 de novembro, traz citações sobre a participação do empresário Marco Mott, um dos presos na segunda fase da Operação Copia e Cola, na compra de um prédio adquirido pelo município. A compra apresentou superfaturamento de cerca de R$ 10 milhões, e já há condenação na Justiça em primeira instância. O local deveria ser a sede da Secretaria de Educação (Sedu) da cidade. A investigação dessa operação apura crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa em contratos públicos. 📲 Participe do canal do g1 Sorocaba e Jundiaí no WhatsApp Para as citações, a Polícia Federal menciona uma reportagem do jornalismo da TV TEM, de 2023, que aponta Mott como uma espécie de "corretor de imóveis" no processo de compra. Relatório da PF diz que Marco Mott afirmou não conhecer Josivaldo Batista A reportagem também cita intervenção da primeira-dama de Sorocaba, Sirlange Frate, para que o empresário atuasse na questão. Os dois chegaram a visitar prédios que seriam utilizados posteriormente como sede da Sedu. No documento, a PF lembra que Mott é citado pela reportagem como pessoa próxima a Rodrigo Maganhato e que teria atuado em conjunto na aquisição supostamente irregular de um imóvel pela prefeitura. Pedido da primeira-dama De acordo com a reportagem, o pedido para que Mott participasse das negociações partiu da primeira-dama de Sorocaba, Sirlange Maganhato. A reportagem afirma também que, em pelo menos uma oportunidade, Mott e a primeira-dama estiveram juntos em um dos prédios visitados. LEIA TAMBÉM: Milhares de depósitos: transações mostram movimentação de R$ 11 milhões entre investigados na operação da PF em Sorocaba 'Está precisando de um milagre?': PF investiga se grupo liderado por Manga usava termos religiosos como códigos para crimes Copia e Cola: PF aponta Rodrigo Manga como líder de organização criminosa Rodrigo Manga: Veja nomes com os quais o prefeito não pode ter contato Materiais de luxo: O que foi apreendido na Operação Copia e Cola Suspeita de corrupção: Organização alvo da PF já recebeu R$ 123 milhões em contratos Sirlange Frate: Esposa de Manga também é investigada por operação da PF. Mott também esteve no prédio que, conforme a Justiça, teve superfaturamento de R$ 10 milhões. O local foi anunciado por menos de R$ 20 milhões, mas foi vendido para a Prefeitura de Sorocaba por quase R$ 30 milhões. Neste local, que fica no Portal da Colina, o empresário se fez presente, como se fosse um representante da Prefeitura de Sorocaba. Ele foi visto em duas oportunidades, uma acompanhado do então secretário da Educação, Márcio Carrara, e de outros dois funcionários da Sedu. Depois, novamente, ele foi visto com outra servidora da prefeitura. Neste dia, foram feitas as fotos da vistoria com o valor de R$ 19,8 milhões, que foi retirado do processo. As defesas de Marco Mott e de Sirlange Frate não quiseram comentar a questão. Mais de 3 mil depósitos transações mostram movimentação de R$11 milhões entre investigados Entenda a operação Linha do tempo da operação Copia e Cola, da Polícia Federal, que investiga irregularidades na saúde de Sorocaba (SP) Arte g1 Veja mais notícias da região no g1 Sorocaba e Jundiaí VÍDEOS: assista às reportagens da TV TEM ,