Relator da indicação de Jorge Messias diz que Senado não tem votos suficientes para aprovação Em uma ofensiva a favor de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai continuar a fazer rodadas de conversas reservadas com lideranças do Senado nas próximas semanas. A votação da indicação de Messias, que cabe ao Senado, está travada depois de o governo perceber que ele não tem votos suficientes. O governo atrasou o envio da mensagem que inicia a tramitação do nome de Messias, numa estratégia para ganhar tempo e apoio. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que tem preferência pelo nome do senador e seu aliado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga, não gostou da manobra do governo e externou sua insatisfação publicamente. Aliados entendem que, para garantir a aprovação de Messias, Lula tem que entrar em campo. Inicialmente, Lula recebeu o líder do PSD na Casa, Otto Alencar (BA), e o senador Omar Aziz (PSD-AM). O encontro ocorreu na última segunda-feira. Nesta quinta (4), havia previsão de Lula receber o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), e o senador Renan Calheiros (AL), mas a agenda será remarcada para a semana que vem. O motivo são compromissos pessoais de Braga sexta. Foto de arquivo: o advogado-geral da União, Jorge Messias, faz pronunciamento à imprensa em Brasília em 01/07/2025 WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Segundo o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, Lula está começando as conversas com os representantes das maiores bancadas, mas que a intenção é se reunir com todos da base aliada. Jaques chegou a dizer que até mesmo integrantes do PT pleiteiam espaço e gostariam de ser recebidos pelo presidente da República. Alguns parlamentares, ainda de acordo com o líder do governo, reclamam de estar esperando há seis meses por uma agenda com Lula. “O presidente é uma pessoa agradável, todos querem falar com ele. Mas, esse é um bom problema. Pior seria se os senadores dissessem ‘não quero nem ver o presidente pela frente’”, declarou Jaques.
Lula vai fazer rodadas de conversas com senadores em favor da indicação de Messias, dizem aliados
Escrito em 03/12/2025
Relator da indicação de Jorge Messias diz que Senado não tem votos suficientes para aprovação Em uma ofensiva a favor de Jorge Messias ao Supremo Tribunal Federal, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai continuar a fazer rodadas de conversas reservadas com lideranças do Senado nas próximas semanas. A votação da indicação de Messias, que cabe ao Senado, está travada depois de o governo perceber que ele não tem votos suficientes. O governo atrasou o envio da mensagem que inicia a tramitação do nome de Messias, numa estratégia para ganhar tempo e apoio. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que tem preferência pelo nome do senador e seu aliado Rodrigo Pacheco (PSD-MG) para a vaga, não gostou da manobra do governo e externou sua insatisfação publicamente. Aliados entendem que, para garantir a aprovação de Messias, Lula tem que entrar em campo. Inicialmente, Lula recebeu o líder do PSD na Casa, Otto Alencar (BA), e o senador Omar Aziz (PSD-AM). O encontro ocorreu na última segunda-feira. Nesta quinta (4), havia previsão de Lula receber o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), e o senador Renan Calheiros (AL), mas a agenda será remarcada para a semana que vem. O motivo são compromissos pessoais de Braga sexta. Foto de arquivo: o advogado-geral da União, Jorge Messias, faz pronunciamento à imprensa em Brasília em 01/07/2025 WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO Segundo o líder do governo no Senado, Jaques Wagner, Lula está começando as conversas com os representantes das maiores bancadas, mas que a intenção é se reunir com todos da base aliada. Jaques chegou a dizer que até mesmo integrantes do PT pleiteiam espaço e gostariam de ser recebidos pelo presidente da República. Alguns parlamentares, ainda de acordo com o líder do governo, reclamam de estar esperando há seis meses por uma agenda com Lula. “O presidente é uma pessoa agradável, todos querem falar com ele. Mas, esse é um bom problema. Pior seria se os senadores dissessem ‘não quero nem ver o presidente pela frente’”, declarou Jaques.