Alunos da Univasf denunciam problemas com o transporte para o Campus Ciências Agrárias Passados cinco dias do acidente com o ônibus da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), que tombou, e deixou 11 estudantes feridos, surgiram reclamações sobre o transporte disponibilizado pela instituição para o Campus Ciências Agrárias (CCA), na Zona Rural de Petrolina. Atualmente, oito veículos fazem a rota com destino ao campus Ciências Agrárias. Mesmo com esse número, a denúncia dos alunos é de superlotação. "Todo dia é isso, a superlotação dos ônibus é constante", relata a estudante Alexandra Rodrigues. Outra queixa é em relação ao sucateamento da frota da Univasf. "Bancos em más condições, caindo e a gente tem que ajeitar com o cinto de segurança, as janelas colocaram papelão (...) . Começo de semestre, quando é muita gente, às vezes eles nem conseguem fechar a porta, aí eles vão com a porta aberta até esvaziar no primeiro ponto ou no campus velho", conta a estudante Rafaelli Agata Silva Neto. As condições estruturais e mecânicas dos veículos deixam os alunos inseguros no trajeto para a universidade. "É sempre janela quebrada, banco quebrado, suporte de segurar quebrado. Então, se ele freia, já teve caso de frear em cima da hora e não ter onde segurar. O banco sair do lugar na hora que freia. Então, é bem complicado." 📱:Baixe o app do g1 para ver notícias de Petrolina e Região em tempo real e de graça Ônibus da Univasf transporta estudantes para o Campus Ciências Agrárias Reprodução/ TV Grande Rio Em setembro deste ano, um seminário organizado pela reitoria da Univasf convidou o Ministério Público, gestão municipal e a Câmara de Vereadores para propor uma solução para o transporte estudantil. Na mesma data, estudantes organizaram uma manifestação pedindo por melhorias no setor. Na época, a solução apresentada envolvia o fim do transporte oferecido pela Univasf. "Eles estão querendo fazer um plano de retirar os ônibus da própria Univasf e colocar os ônibus da cidade, só que eles não têm um plano certo para isso. A gente fica sem saber o que vai acontecer e eles não têm uma comunicação direta com a gente", destacou a estudante Manuela Vasconcelos. O pró-reitor de assistência estudantil da Univasf, Clébio Pereira Ferreira, explicou que, apesar de a Univasf disponibilizar o transporte estudantil, esta é uma responsabilidade do município. Desde 2018, a universidade alega que vem propondo soluções conjuntas com o poder municipal, mas sem resposta. "Essa é uma preocupação grande da universidade hoje. Entendemos que o fim do transporte estudantil está muito próximo. É importante destacar que essa não é uma responsabilidade da Univasf, a universidade tomou para si essa responsabilidade diante da ausência do poder público municipal, porque não existe uma rota de linha que atenda o campus Ciências Agrárias. A gente tem uma média de 2 mil alunos circulando no campus, fora os servidores. Então tem mais do que justificativa que tenha uma rota de ônibus para lá, mas não existe. Nós assumimos a responsabilidade e isso já chegou no nosso limite. Entendemos que é algo que precisamos amadurecer junto ao poder municipal. Esperamos que o poder público, as prefeituras de Petrolina e Juazeiro, possam criar uma rota para o Campus de Ciências Agrárias e a gente possa usar o dinheiro da assistência estudantil". A Ammpla informou ao g1 que o Campus de Ciências Agrárias da Univasf está localizado em área rural do município, atualmente atendida pelo transporte complementar, disponibilizado de forma regular por meio dos veículos cadastrados na Atape. A Ammpla destaca que já realizou reuniões com representantes da universidade, ouviu as demandas apresentadas e expôs a realidade atual do sistema de transportes. No momento, o transporte coletivo de Petrolina passa por estudos técnicos para iniciar um novo processo licitatório de concessão, que permitirá a reestruturação e ampliação do serviço. A Ammpla informou ainda que o canal de diálogo continua aberto com a comunidade acadêmica e em busca de soluções que atendam, de forma responsável e sustentável, às necessidades de mobilidade da população. Mas reafirma que o transporte complementar já atende essa necessidade. Vídeos: mais assistidos do Sertão de PE
Alunos da Univasf denunciam problemas com o transporte para o Campus Ciências Agrárias
Escrito em 05/12/2025
Alunos da Univasf denunciam problemas com o transporte para o Campus Ciências Agrárias Passados cinco dias do acidente com o ônibus da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), que tombou, e deixou 11 estudantes feridos, surgiram reclamações sobre o transporte disponibilizado pela instituição para o Campus Ciências Agrárias (CCA), na Zona Rural de Petrolina. Atualmente, oito veículos fazem a rota com destino ao campus Ciências Agrárias. Mesmo com esse número, a denúncia dos alunos é de superlotação. "Todo dia é isso, a superlotação dos ônibus é constante", relata a estudante Alexandra Rodrigues. Outra queixa é em relação ao sucateamento da frota da Univasf. "Bancos em más condições, caindo e a gente tem que ajeitar com o cinto de segurança, as janelas colocaram papelão (...) . Começo de semestre, quando é muita gente, às vezes eles nem conseguem fechar a porta, aí eles vão com a porta aberta até esvaziar no primeiro ponto ou no campus velho", conta a estudante Rafaelli Agata Silva Neto. As condições estruturais e mecânicas dos veículos deixam os alunos inseguros no trajeto para a universidade. "É sempre janela quebrada, banco quebrado, suporte de segurar quebrado. Então, se ele freia, já teve caso de frear em cima da hora e não ter onde segurar. O banco sair do lugar na hora que freia. Então, é bem complicado." 📱:Baixe o app do g1 para ver notícias de Petrolina e Região em tempo real e de graça Ônibus da Univasf transporta estudantes para o Campus Ciências Agrárias Reprodução/ TV Grande Rio Em setembro deste ano, um seminário organizado pela reitoria da Univasf convidou o Ministério Público, gestão municipal e a Câmara de Vereadores para propor uma solução para o transporte estudantil. Na mesma data, estudantes organizaram uma manifestação pedindo por melhorias no setor. Na época, a solução apresentada envolvia o fim do transporte oferecido pela Univasf. "Eles estão querendo fazer um plano de retirar os ônibus da própria Univasf e colocar os ônibus da cidade, só que eles não têm um plano certo para isso. A gente fica sem saber o que vai acontecer e eles não têm uma comunicação direta com a gente", destacou a estudante Manuela Vasconcelos. O pró-reitor de assistência estudantil da Univasf, Clébio Pereira Ferreira, explicou que, apesar de a Univasf disponibilizar o transporte estudantil, esta é uma responsabilidade do município. Desde 2018, a universidade alega que vem propondo soluções conjuntas com o poder municipal, mas sem resposta. "Essa é uma preocupação grande da universidade hoje. Entendemos que o fim do transporte estudantil está muito próximo. É importante destacar que essa não é uma responsabilidade da Univasf, a universidade tomou para si essa responsabilidade diante da ausência do poder público municipal, porque não existe uma rota de linha que atenda o campus Ciências Agrárias. A gente tem uma média de 2 mil alunos circulando no campus, fora os servidores. Então tem mais do que justificativa que tenha uma rota de ônibus para lá, mas não existe. Nós assumimos a responsabilidade e isso já chegou no nosso limite. Entendemos que é algo que precisamos amadurecer junto ao poder municipal. Esperamos que o poder público, as prefeituras de Petrolina e Juazeiro, possam criar uma rota para o Campus de Ciências Agrárias e a gente possa usar o dinheiro da assistência estudantil". A Ammpla informou ao g1 que o Campus de Ciências Agrárias da Univasf está localizado em área rural do município, atualmente atendida pelo transporte complementar, disponibilizado de forma regular por meio dos veículos cadastrados na Atape. A Ammpla destaca que já realizou reuniões com representantes da universidade, ouviu as demandas apresentadas e expôs a realidade atual do sistema de transportes. No momento, o transporte coletivo de Petrolina passa por estudos técnicos para iniciar um novo processo licitatório de concessão, que permitirá a reestruturação e ampliação do serviço. A Ammpla informou ainda que o canal de diálogo continua aberto com a comunidade acadêmica e em busca de soluções que atendam, de forma responsável e sustentável, às necessidades de mobilidade da população. Mas reafirma que o transporte complementar já atende essa necessidade. Vídeos: mais assistidos do Sertão de PE