Seguranças do bicheiro Bid são condenados por seu assassinato Dois seguranças do bicheiro Alcebíades Paes Garcia, o Bid, foram condenados pelo assassinato dele na noite desta sexta-feira (13) pelo tribunal do júri. O crime foi em fevereiro de 2020, na Barra da Tijuca, Zona Sudoeste do Rio. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Bid foi morto pelos próprios seguranças a mando de Bernardo Bello, rival na disputa por pontos de jogo do bicho na Zona Sul do Rio. Alcebíades Paes Garcia, o Bid, foi morto em fevereiro de 2020 Reprodução/TV Globo Thyago Ivan da Silva foi condenado a 25 anos e 8 meses de prisão em regime fechado e Carlos Diego da Costa Cabral recebeu pena de 29 anos e 11 meses de reclusão. O tribunal do júri entendeu que o homicídio foi cometido mediante dissimulação, já que os réus foram contratados como seguranças da vítima, que acreditava estar protegida. A dupla não poderá recorrer em liberdade. A Justiça apontou que, uma vez livre, eles poderiam voltar para a vida do crime. Bid era irmão do também contraventor Waldemir Paes Garcia, o Maninho, assassinado em 2004. Bernardo Bello Reprodução/TV Globo O crime, segundo o Ministério Público De acordo com os investigadores, o assassinato aconteceu em meio a "acirradas disputas pelo controle da exploração do jogo do bicho e máquinas caça-níquel" a partir da morte de Waldemir Garcia, o Myro, e do filho dele, Waldemir Paes Garcia, o Maninho. Os procuradores afirmam ainda que os assassinatos de Maninho, em setembro de 2004, e o de Myro, cerca de um mês depois, desestabilizaram o controle dos pontos da contravenção. Isso teria causado uma "pulverização do poder e a escalada de violência" dentro da própria família. O "espólio" do crime teria sido assumido pelos genros. De um lado, José Luiz de Barros Lopes, o Zé Personal, que era marido de Shanna Harrouche Garcia. De outro, por Bernardo Bello, companheiro de Tamara Harrouche Garcia. As duas são filhas de Maninho. Ainda de acordo com a denúncia, Zé Personal tinha como segurança particular Adriano da Nóbrega, o Capitão Adriano, chefe do grupo de extermínio conhecido como "Escritório do Crime". Entretanto, Bernardo Bello e Capitão Adriano se aliaram para que Bernardo assumisse o "controle absolto dos negócios ilícitos da família". Belo foi, segundo o MP, o mandante do assassinato de Bid. A intenção dele era consolidar o controle dos pontos de jogo do bicho na Zona Sul do Rio. Leonardo Gouvêa da Silva, o Mad, e Leandro Gouvêa da Silva, o Tonhão são apontados como membros do "Escritório do Crime", que planejavam e executavam homicídios em troca de dinheiro. Os promotores dizem ainda que Thyago Ivan e Carlos Diego eram seguranças de Bid e que teriam contribuído para o crime, enquanto Wagner Dantas seria um segurança de Bernardo Bello que também ajudou na execução do plano.
Seguranças do bicheiro Bid são condenados por seu assassinato; penas, somadas, passam de 55 anos
Escrito em 13/12/2025
Seguranças do bicheiro Bid são condenados por seu assassinato Dois seguranças do bicheiro Alcebíades Paes Garcia, o Bid, foram condenados pelo assassinato dele na noite desta sexta-feira (13) pelo tribunal do júri. O crime foi em fevereiro de 2020, na Barra da Tijuca, Zona Sudoeste do Rio. De acordo com a denúncia do Ministério Público, Bid foi morto pelos próprios seguranças a mando de Bernardo Bello, rival na disputa por pontos de jogo do bicho na Zona Sul do Rio. Alcebíades Paes Garcia, o Bid, foi morto em fevereiro de 2020 Reprodução/TV Globo Thyago Ivan da Silva foi condenado a 25 anos e 8 meses de prisão em regime fechado e Carlos Diego da Costa Cabral recebeu pena de 29 anos e 11 meses de reclusão. O tribunal do júri entendeu que o homicídio foi cometido mediante dissimulação, já que os réus foram contratados como seguranças da vítima, que acreditava estar protegida. A dupla não poderá recorrer em liberdade. A Justiça apontou que, uma vez livre, eles poderiam voltar para a vida do crime. Bid era irmão do também contraventor Waldemir Paes Garcia, o Maninho, assassinado em 2004. Bernardo Bello Reprodução/TV Globo O crime, segundo o Ministério Público De acordo com os investigadores, o assassinato aconteceu em meio a "acirradas disputas pelo controle da exploração do jogo do bicho e máquinas caça-níquel" a partir da morte de Waldemir Garcia, o Myro, e do filho dele, Waldemir Paes Garcia, o Maninho. Os procuradores afirmam ainda que os assassinatos de Maninho, em setembro de 2004, e o de Myro, cerca de um mês depois, desestabilizaram o controle dos pontos da contravenção. Isso teria causado uma "pulverização do poder e a escalada de violência" dentro da própria família. O "espólio" do crime teria sido assumido pelos genros. De um lado, José Luiz de Barros Lopes, o Zé Personal, que era marido de Shanna Harrouche Garcia. De outro, por Bernardo Bello, companheiro de Tamara Harrouche Garcia. As duas são filhas de Maninho. Ainda de acordo com a denúncia, Zé Personal tinha como segurança particular Adriano da Nóbrega, o Capitão Adriano, chefe do grupo de extermínio conhecido como "Escritório do Crime". Entretanto, Bernardo Bello e Capitão Adriano se aliaram para que Bernardo assumisse o "controle absolto dos negócios ilícitos da família". Belo foi, segundo o MP, o mandante do assassinato de Bid. A intenção dele era consolidar o controle dos pontos de jogo do bicho na Zona Sul do Rio. Leonardo Gouvêa da Silva, o Mad, e Leandro Gouvêa da Silva, o Tonhão são apontados como membros do "Escritório do Crime", que planejavam e executavam homicídios em troca de dinheiro. Os promotores dizem ainda que Thyago Ivan e Carlos Diego eram seguranças de Bid e que teriam contribuído para o crime, enquanto Wagner Dantas seria um segurança de Bernardo Bello que também ajudou na execução do plano.