MSC Grandiosa. Divulgação/MSC Cruzeiros A MSC Cruzeiros passou a impedir o uso de óculos inteligentes em áreas públicas de seus navios, como piscinas. Mas o embarque do equipamento segue permitido, confirmou a empresa. A informação consta na política de conduta de hóspedes, cuja última atualização é do dia 16 de julho de 2025. O g1 questionou a MSC se a regra entrou em vigor a partir dessa data, mas não obteve retorno. Com a medida, dispositivos como o Ray-Ban Meta, um dos mais populares do mercado, e modelos do Google (ainda não disponíveis no Brasil) passam a ser vetados em determinados espaços. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A decisão não se restringe apenas aos óculos inteligentes. A empresa diz que veta, em espaços públicos, qualquer dispositivo que possa gravar ou transmitir dados de "forma oculta ou discreta". Veja os vídeos que estão em alta no g1 A MSC afirma que a equipe de segurança dos cruzeiros está orientada a "reter o dispositivo, em caso de uso inadequado" (leia o comunicado ao final da reportagem). "Essa medida existe exclusivamente para proteger a privacidade e a segurança de todos os hóspedes e tripulantes", afirmou a empresa em nota enviada ao g1. Proibição é uma tendência, diz especialista Ray-Ban Meta de 2ª geração Divulgação/Meta Navios de cruzeiro são considerados espaços privados de uso coletivo. Nesse contexto, o uso de óculos inteligentes traz um desafio: a captação de imagens de terceiros de forma discreta e sem consentimento expresso, explica Patrícia Peck, advogada especialista em direito digital. "Eu não posso ter um passageiro no navio capturando imagem de terceiros e postando direto na internet. Considerando tanto regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) como da Constituição Federal, você teria que fazer o aviso prévio da captura em si de imagens e deixar claro a finalidade", afirma. Peck destaca que o artigo 20 do Código Civil "proíbe a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa sem permissão, se isso lhe atingir a honra ou se destinar a fins comerciais". "No caso de cruzeiros, a captura indiscriminada de imagens por outros passageiros pode configurar abuso de direito", completa. À medida que esses dispositivos ganham popularidade, mais locais têm revisto seu uso, como clubes e baladas, lembra a especialista. Ela ressalta ainda que, por outro lado, a captação de imagens para vigilância, com finalidade de segurança, é considerada uma "exceção de consentimento", situação diferente do uso de óculos inteligentes por passageiros. O que diz a MSC Cruzeiros "O uso de dispositivos eletrônicos usados no corpo capazes de gravar ou transmitir dados, de forma oculta ou discreta, só é permitido nas cabines, em terra ou em outros espaços não públicos. Os hóspedes podem embarcar com óculos inteligentes, no entanto, em conformidade com nossos padrões de privacidade, eles não podem ser usados em áreas públicas. Os óculos inteligentes e dispositivos similares constam na lista de itens proibidos para garantir que nossas equipes de segurança possam atuar e reter o dispositivo, em caso de uso inadequado. Essa medida existe exclusivamente para proteger a privacidade e a segurança de todos os hóspedes e tripulantes. A política completa de conduta dos hóspedes está disponível no site da Companhia e pode ser consultada no link: https://www.msccruzeiros.com.br/-/media/brazil/documents/codigo-de-conduta-hospedes.pdf". Android XR: g1 testa novo sistema operacional para óculos de realidade virtual e headsets
Proibido ver tudo: por que a MSC barrou o uso de óculos inteligentes em algumas áreas de seus navios
Escrito em 19/12/2025
MSC Grandiosa. Divulgação/MSC Cruzeiros A MSC Cruzeiros passou a impedir o uso de óculos inteligentes em áreas públicas de seus navios, como piscinas. Mas o embarque do equipamento segue permitido, confirmou a empresa. A informação consta na política de conduta de hóspedes, cuja última atualização é do dia 16 de julho de 2025. O g1 questionou a MSC se a regra entrou em vigor a partir dessa data, mas não obteve retorno. Com a medida, dispositivos como o Ray-Ban Meta, um dos mais populares do mercado, e modelos do Google (ainda não disponíveis no Brasil) passam a ser vetados em determinados espaços. 📱Baixe o app do g1 para ver notícias em tempo real e de graça A decisão não se restringe apenas aos óculos inteligentes. A empresa diz que veta, em espaços públicos, qualquer dispositivo que possa gravar ou transmitir dados de "forma oculta ou discreta". Veja os vídeos que estão em alta no g1 A MSC afirma que a equipe de segurança dos cruzeiros está orientada a "reter o dispositivo, em caso de uso inadequado" (leia o comunicado ao final da reportagem). "Essa medida existe exclusivamente para proteger a privacidade e a segurança de todos os hóspedes e tripulantes", afirmou a empresa em nota enviada ao g1. Proibição é uma tendência, diz especialista Ray-Ban Meta de 2ª geração Divulgação/Meta Navios de cruzeiro são considerados espaços privados de uso coletivo. Nesse contexto, o uso de óculos inteligentes traz um desafio: a captação de imagens de terceiros de forma discreta e sem consentimento expresso, explica Patrícia Peck, advogada especialista em direito digital. "Eu não posso ter um passageiro no navio capturando imagem de terceiros e postando direto na internet. Considerando tanto regras da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) como da Constituição Federal, você teria que fazer o aviso prévio da captura em si de imagens e deixar claro a finalidade", afirma. Peck destaca que o artigo 20 do Código Civil "proíbe a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa sem permissão, se isso lhe atingir a honra ou se destinar a fins comerciais". "No caso de cruzeiros, a captura indiscriminada de imagens por outros passageiros pode configurar abuso de direito", completa. À medida que esses dispositivos ganham popularidade, mais locais têm revisto seu uso, como clubes e baladas, lembra a especialista. Ela ressalta ainda que, por outro lado, a captação de imagens para vigilância, com finalidade de segurança, é considerada uma "exceção de consentimento", situação diferente do uso de óculos inteligentes por passageiros. O que diz a MSC Cruzeiros "O uso de dispositivos eletrônicos usados no corpo capazes de gravar ou transmitir dados, de forma oculta ou discreta, só é permitido nas cabines, em terra ou em outros espaços não públicos. Os hóspedes podem embarcar com óculos inteligentes, no entanto, em conformidade com nossos padrões de privacidade, eles não podem ser usados em áreas públicas. Os óculos inteligentes e dispositivos similares constam na lista de itens proibidos para garantir que nossas equipes de segurança possam atuar e reter o dispositivo, em caso de uso inadequado. Essa medida existe exclusivamente para proteger a privacidade e a segurança de todos os hóspedes e tripulantes. A política completa de conduta dos hóspedes está disponível no site da Companhia e pode ser consultada no link: https://www.msccruzeiros.com.br/-/media/brazil/documents/codigo-de-conduta-hospedes.pdf". Android XR: g1 testa novo sistema operacional para óculos de realidade virtual e headsets