TCE-AM investiga possíveis irregularidades em investimentos da Amazonprev O Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) abriu uma investigação para apurar possíveis irregularidades em aplicações financeiras realizadas pela Amazonprev, o fundo de previdência dos servidores públicos estaduais. A apuração teve início após uma representação da Secretaria-Geral de Controle Externo (Secex), que apontou investimentos considerados de alto risco e supostamente feitos sem autorização colegiada. Segundo o documento, em junho de 2024, a Amazonprev aplicou R$ 50 milhões em Letras Financeiras do Banco Master, ativos que não contam com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A escolha, de acordo com a Secex, expôs o fundo previdenciário ao risco de não recuperar o valor investido. A decisão foi assinada pela presidente da Corte, conselheira Yara Lins, e publicada no Diário Oficial Eletrônico do Tribunal. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp A situação se agravou quando o Banco Master entrou em liquidação extrajudicial, após a operação “Compliance Zero”, da Polícia Federal. Com isso, a Amazonprev passou a constar na lista de credores da instituição — e pode não reaver os recursos. Aplicações de R$ 300 milhões sem autorização, diz Secex A Secex também identificou que, entre junho e setembro de 2024, a fundação investiu cerca de R$ 300 milhões em títulos dos bancos C6 e Master. As operações teriam ocorrido sem autorização formal, sem análise de risco adequada e em desacordo com normas internas e com a Resolução CMN nº 4.963/2021, que regula os investimentos dos regimes próprios de previdência. A representação atribui responsabilidade a três ex-diretores-presidentes da Amazonprev: Francisco Evilázio Pereira Maria Neblina Marães — presidente entre 1º de janeiro e 3 de julho de 2024 Ary Renato Vasconcelos de Souza — presidente de 3 de julho a 31 de outubro de 2024 Segundo o TCE, as aplicações sob suspeita teriam sido feitas durante as gestões deles e em desacordo com normas que regem investimentos de fundos previdenciários. O g1 solicitou informações sobre a investigação à Amazonprev, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Caso segue para o relator Ari Moutinho Júnior Com a admissão da representação, Yara Lins determinou o envio do processo ao conselheiro Ari Moutinho Júnior, que será responsável por analisar o pedido de medida cautelar para proteção do patrimônio da Amazonprev. Entre as possíveis medidas estão: Suspensão de novos investimentos; Bloqueio de operações financeiras; Determinações administrativas para evitar novas perdas. A presidente destacou, na decisão, que há indícios suficientes para abrir a investigação e que cabe ao Tribunal agir para resguardar os recursos previdenciários. O TCE-AM determinou a publicação imediata da decisão e a notificação dos investigados. A análise do pedido de cautelar deve ocorrer nos próximos dias. Fundação de Previdência do Estado do Amazonas (Amazonprev) Divulgação
TCE-AM abre investigação sobre R$ 350 milhões em investimentos de alto risco da Amazonprev
Escrito em 12/12/2025
TCE-AM investiga possíveis irregularidades em investimentos da Amazonprev O Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) abriu uma investigação para apurar possíveis irregularidades em aplicações financeiras realizadas pela Amazonprev, o fundo de previdência dos servidores públicos estaduais. A apuração teve início após uma representação da Secretaria-Geral de Controle Externo (Secex), que apontou investimentos considerados de alto risco e supostamente feitos sem autorização colegiada. Segundo o documento, em junho de 2024, a Amazonprev aplicou R$ 50 milhões em Letras Financeiras do Banco Master, ativos que não contam com a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC). A escolha, de acordo com a Secex, expôs o fundo previdenciário ao risco de não recuperar o valor investido. A decisão foi assinada pela presidente da Corte, conselheira Yara Lins, e publicada no Diário Oficial Eletrônico do Tribunal. 📲 Participe do canal do g1 AM no WhatsApp A situação se agravou quando o Banco Master entrou em liquidação extrajudicial, após a operação “Compliance Zero”, da Polícia Federal. Com isso, a Amazonprev passou a constar na lista de credores da instituição — e pode não reaver os recursos. Aplicações de R$ 300 milhões sem autorização, diz Secex A Secex também identificou que, entre junho e setembro de 2024, a fundação investiu cerca de R$ 300 milhões em títulos dos bancos C6 e Master. As operações teriam ocorrido sem autorização formal, sem análise de risco adequada e em desacordo com normas internas e com a Resolução CMN nº 4.963/2021, que regula os investimentos dos regimes próprios de previdência. A representação atribui responsabilidade a três ex-diretores-presidentes da Amazonprev: Francisco Evilázio Pereira Maria Neblina Marães — presidente entre 1º de janeiro e 3 de julho de 2024 Ary Renato Vasconcelos de Souza — presidente de 3 de julho a 31 de outubro de 2024 Segundo o TCE, as aplicações sob suspeita teriam sido feitas durante as gestões deles e em desacordo com normas que regem investimentos de fundos previdenciários. O g1 solicitou informações sobre a investigação à Amazonprev, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Caso segue para o relator Ari Moutinho Júnior Com a admissão da representação, Yara Lins determinou o envio do processo ao conselheiro Ari Moutinho Júnior, que será responsável por analisar o pedido de medida cautelar para proteção do patrimônio da Amazonprev. Entre as possíveis medidas estão: Suspensão de novos investimentos; Bloqueio de operações financeiras; Determinações administrativas para evitar novas perdas. A presidente destacou, na decisão, que há indícios suficientes para abrir a investigação e que cabe ao Tribunal agir para resguardar os recursos previdenciários. O TCE-AM determinou a publicação imediata da decisão e a notificação dos investigados. A análise do pedido de cautelar deve ocorrer nos próximos dias. Fundação de Previdência do Estado do Amazonas (Amazonprev) Divulgação